As minhas férias (parte I)

Grandes amigos Machos,
Tendo estado a passar alguns dias de férias na Praia da Areia Branca, uma terreola entre Peniche e Lourinhã, regressei à minha residência por dois dias, antes de partir para o Algarve. Desta forma, é com grande alegria que volto a escrever neste blog de Machões!
Depois desta ausência, era natural que sentisse alguma dificuldade na adaptação à vida de machão que, em conjunto com os meus grandes companheiros do GCAT, desenvolvo na capital da nossa pátria, a qual me orgulho em pertencer. Enfim, pensei que, com a ida à referida terreola, iria perder alguma masculinidade. Enganei-me.
Aconselho todos os machões a visitarem a Praia da Areia Branca. Ambiente de verão, personagens tasqueiras. Naquele lugar, é a ideologia masculina que domina. Embora pouco simpáticos, os homens daquela terra são verdadeiros machos.
Comecemos pelo restaurante que costumo frequentar. Trata-se de uma residencial que possui serviço de restaurante e bar\tasca. O negócio é conduzido por dois irmãos, sendo que um administra o bar e o outro o bar\tasca. Este último é um dos ex-libris da zona: com a tradicional frase "Há petiscos" à porta e com a promoção de "1 navalheira [marisco, cuja categoria está ligeiramente acima do tremoço] + 2 imperiais = 3.5 euros". Tó-Zé, o proprietário, é um indivíduo forte e utiliza larachas de macho ("É para ver o Porto?" - perguntou ele quando lhe pedi para ligar a televisão na sportv - "Aqui não se vê o Porto!", responde a mesma personagem, piscando o olho a um cliente conhecido). Aí está como um café se transforma num tasco: com a tal promoção da navalheira, os jogos do meu clube tinham o barulho de fundo de clientes a chupar as patas do bicho, enquanto se petiscavam tremoços ou se observavam os cartazes com as festas de Nadrupe ou Miragaia. Concluindo, o patrão conseguiu criar uma concentração de machos notável para um espaço tão pequeno, o que dá conta da masculinidade deste homem.
Manel Banheiro. Eis o nome do próximo macho. Ele é o proprietário do café situado junto à praia. Pançudo, passa os dias sentado a apanhar sol e a dar conversa aos clientes. Infelizmente reformou-se da sua actividade de grelhar sardinhas em cima da vasta vegetação que circunda a praia. Era de macho, mas nem todos os clientes arriscavam a comer aquele peixe...
Bem, já estou a escrever demasiado. Por agora é tudo e prometo contar-vos mais histórias desta terreola de Machos. Abraço a todos e continuem a votar no Asdrúbal!